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sexta-feira, 12 de junho de 2015

REDESCOBRIR

Neste dia dedicados aos namorados, aproveito para dedicar-lhes alguns de meus escritos sobre casamento, homenageando-os, mas dedico também a todos os casados, porque entendo eu, que casados, são ternos e eternos namorados.



            O mundo da mitologia grega sempre fascina a todos, quando tomam conhecimento das imagens e atividades dos deuses da Grécia Antiga. Misturam-se sonhos e ilusões inumeráveis que só mesmo na imaginação de um povo que, permanentemente, buscou respostas para a origem da vida, explicações para o mistério da existência humana, do mundo e das coisas.
            Em muitas lendas e mitos do espaço vital grego, um tema esteve sempre presente. As relações entre os deuses e os habitantes daquele rico mundo cultural incluíam o casamento, a família. É verdade que no limite. Curiosamente, alguns deuses disputavam entre si o casamento e a existência familiar, na rica relação que as relações humanas e amorosas inspiram. Alguns deuses não exitavam na eliminação de outros para realizarem seus intentos no desejo de tomar para si o esposo ou esposa da própria ilusão.
            O ser humano também tem seus sonhos e ilusões. Alguns realizáveis e realistas, outros nem tanto. E certamente, como no mundo grego, inicialmente, algo sonhado e ilusionado, vai se tornando realidade Um pouco diferente do imaginado.
            As lendas e mitos helênicos nos fascinam, sem dúvida, porque rico de muito romantismo colorido por um amor não deliberado, mas contagiante. Amor fortemente mesclado de muita graça e ventura. Isto, ventura com toda força que o termo inspira, de boa sorte, felicidade, destino de prosperidade e sucesso. E os inimagináveis acontecimentos tinham sempre um final feliz, porque chegavam os deuses à redescoberta do que o maravilhoso passado os inspirou.
            Seria por demais ousado inspirar-se nas lendas gregas para falar e discorrer sobre um tema que, sem ser exclusivo, tem profundas raízes no cristianismo? Certamente, não. A cultura cristã purificou, a ideia e o ideal do casamento evoluiu, da cultura grega para o mundo cristão.
            A instituição casamento passa, no mundo atual, por uma crise de identidade, cujas causas não foram ainda detectadas no todo, pelo menos como resposta definitiva, e que ofereça tranquilidade para os anseios da existência humana. Será? Igualmente ousado pode-se responder, não. Se os deuses gregos foram egoístas, sucumbiram no seu próprio egoísmo.
O ser humano, realista, de inteligência evoluída e mais aguçada que o imaginário universo da mitologia, deve partir para a redescoberta dos autênticos valores do casamento e da família. Façam um esforço para redescobrir tais valores. Com ventura sim, mas também, renunciando ao egoísmo, redescobrir tudo aquilo que constituíram os momentos felizes do namoro, noivado e dos primeiros anos do casamento. Eis, pois!






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