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sexta-feira, 8 de maio de 2015

RESPEITO: QUESTÃO DE CONSCIÊNCIA



Conhecimento ou percepção do que se passa consigo, ou faculdade que tem a razão de julgar os próprios atos, ou voz secreta da alma que aprova ou desaprova os próprios atos: isto é a consciência. Quanto que o respeito é acatamento, deferência, veneração para com as realidades, as coisas, as pessoas. Dito assim, descobre-se que o respeito só terá lugar diante de uma consciência formada para tanto.
Inegavelmente, o Senhor Deus, Criador de tudo e de todas as coisas, dotou o ser humano de uma importante entidade, parte essencial dele, a consciência, ao infundir nele inteligência e vontade. E a consciência está, portanto, entre a vontade e a inteligência. A vontade nata no ser humano é o querer para ação, educável e disciplinável; e a inteligência sujeita à evolução, à progressão, ao crescimento.
Escritos sobre o conhecimento falam da importância deste quando necessário para uma boa inter-relação no casamento. O respeito, junto com o conhecimento, é parte integrante do verdadeiro sentimento de amor que une homem e mulher no matrimônio. Mas o respeito depende da consciência que leva em conta todos os valores do mundo, das realidades terrenas e das pessoas. A consciência possibilita ao ser humano a distinção entre os diversos valores da vida e de todo o mundo criado.
Os seres humanos têm uma infinita distinção em relação aos outros seres criados devido à consciência que os torna infinitamente superiores. É a consciência que governa a vontade para os atos humanos, para a ação no cotidiano. E, no casamento, a consciência aparece como a primeira entidade, o fundamental valor, guia do comportamento e da postura que cada um deve adotar em relação ao outro, na inter-relação de amor, para formar com o outro cônjuge uma só carne, um só ser, tal como Deus instituiu desde a origem e que deve perdurar até o fim da vida.
Sendo a consciência esta entidade, valor sublime e inviolável, requer que seja formada e disciplinada desde o nascimento, para ser aquela que governa os atos humanos, não deixando que a vontade seja incontrolável e dominadora, deselegante e irracional.
A consciência nunca termina de ser disciplinada, educada. Requer constante e sempre permanente atenção para exercer seu papel de rainha das mentes, reta, sempre delicada, correta e incontaminável pelos desvios a que está sujeita a natureza. Ressalta-se, portanto, a essencial função da educação que, sem ferir a liberdade da consciência, procura e faz com que a mesma consciência seja uma resposta adequada para cada momento, para cada situação. Neste sentido, inegavelmente, a consciência exerce o primado na vida humana. Soberana, ela tem a capacidade de restaurar no ser humano a nobreza e grandeza de ser o primeiro entre os demais seres criados.
Uma vida perde seu destino quando deixa de agir segundo a consciência. E aí, já não mais existirá a totalidade da racionalidade, mas sim o menosprezo pelo que o ser humano tem de mais sagrado, a consciência.
Seres conscientes, desde a mais antiga era da humanidade, souberam pautar suas vidas no bem e no belo, nas coisas boas da vida, porque nunca perderam ou deixaram que sobre a consciência fosse sobreposto o antevalor ou contra-valor do desrespeito à dignidade humana. Quando assim aconteceu, a mesma humanidade foi mergulhada em sangue, dor e inútil sofrimento.
O respeito será sempre um reflexo daquilo que cada um tem na consciência e no casamento, terá ou deverá ter lugar privilegiado no comportamento e na conduta de cada um. Atenciosamente, a vida do amor de cada cônjuge, cada um que se casa, terá sempre sabor de felicidade, quando o respeito for a mola mestra da convivência, porque será sempre um reflexo do que está dentro  da consciência. Magnífico exemplo, nesse sentido, foi Jesus que nunca perdeu a consciência de sua nobre e profunda missão e, mais que impor, fez sempre um apelo à ação pela consciência. E respeito é questão de consciência. Eis, pois!




AMOR À VERDADE



            No centro estava a imagem de José, o pai adotivo de Jesus e, ao seu lado, diversas outras imagens de santos e santas. Homens e mulheres que escolheram para si o estado matrimonial, ou seja, escolheram o casamento como estado de vida. Foram exemplares em suas vidas, modelos de santidade, mas também modelos de cidadãos, expressivos e expressivas com uma exuberante consciência de cidadania.
            À noite, enquanto dormiam todos, escutava-se um diálogo cujas vozes vinham não se sabe de que direção. Mas, pouco a pouco, descobriu-se que vinha da gruta construída por um zeloso sacerdote. Não tinha ele muita paciência para fixar-se em uma comunidade, vivia passando de cidades em cidades e onde fosse possível construía uma gruta, em geral, sempre dedicada à Virgem Maria e nunca deixava de pregar o Evangelho a quem o escutava.
            Ao longo de uma rodovia moderníssima, de quatro pistas, aquele sacerdote conseguiu autorização do órgão estatal competente e que administrava a referida autoestrada, para também ali, bem próximo de uma cidadezinha, edificada num vale, entre duas montanhas, construir uma gruta que chamasse atenção de todos que por ali transitassem.
            Nesta gruta, terminada a sua edificação, à noite, sem iluminação, ali não existia rede elétrica, de repente, depois de alguns dias haver depositado a imagem da Virgem Maria, notaram que outras imagens foram também depositadas. O povo do país muito religioso; muitas pessoas levavam imagens de outros santos e santas para aquela gruta, geralmente, como cumprimento de uma promessa. Dentre elas, levaram uma de São José, o pai adotivo de Jesus, outra de Santa Rita de Cássia e, poucos dias depois, apareceu mais uma, de uma santa pouco conhecida: Santa Maria da Encarnação. Esta se casara e tivera seis filhos. Sofreu tribulações e aflição e o marido fora exilado, os bens confiscados injustamente.
            Sabe-se que tanto São José como a Virgem Maria foram pessoas cumpridoras de seus deveres e muito silenciosas. Os Evangelhos deixam transparecer que pouco falavam. Maria muito pouco e José, quase nada.
            As vozes que vinham desta gruta, à noite, enquanto todos dormiam, nada mais eram do que uma reunião em que São José resolveu coordenar. Estavam muito preocupados com os rumos do mundo neste início de Século XXI. As instituições todas em crise, o Norte do Globo cada vez mais rico e os países subdesenvolvidos cada vez mais pobres e em dificuldades financeiras, as concepções éticas e morais cada vez mais deterioradas, muitos escândalos e o graçamento cada vez mais galopante de corrupção marcada por um cinismo sempre mais desenfreado, a família e o casamento em crise, manifestada esta última, particularmente, pela falta de compromisso dos homens e mulheres deste mundo, no Século XXI.

            Como José, homem sábio e justo, sempre foi de pouco falar, embora tivesse o que dizer de muito importante, mas na qualidade de coordenador, deixou que os outros presentes falassem por primeiro ou dessem algum conselho para os habitantes da Terra. A Santa, pouco conhecida e falada, tomou a palavra e disse, aconselhando aos esposos e filhos: “Seria tão bom se os pais retomassem a educação dos filhos no amor à verdade...”. De repente a Santa silenciou. É que chegara um devoto à gruta, já era de madrugada. E São José, disse baixinho: “Não faz mal, amanhã, ou qualquer dia, voltamos à reunião e continuamos para ajudar aqui na Terra os nossos devotos”. É que não queriam que vissem imagens falando. Poderiam ficar assustados. Eis, pois! 

Liberdade e Igualdade sem Fraternidade, é uma mentira...

Outra Venezuela? Por aqui não! A Revolução Francesa com seus três princípios dilui-se aos poucos. Liberdade, Igualdade e Fraternidade, os pilares imaginados e que sustentaram as ações dos protagonistas da Revolução Francesa, propalaram os ideais democráticos e, em alguns pontos do mundo, até os fizeram na prática. Entretanto, por um lado, alguns sentiram simpatia e com suas ações tentaram implantar democracia com tão só um pilar, a Liberdade. Por outro lado, alguns viram na igualdade o pilar capaz de tornar o mundo melhor para todos. Ambos fracassam, porque, esqueceram um principio, ou o deixaram para trás, ou viram que não era tão importante assim: a Fraternidade. Igualdade, sem uma forte dose de Fraternidade, é uma mentira. A prática provou isso. Liberdade, sem Fraternidade, também não é uma verdade. Igualdade e liberdade que não tem respeito pelo outro, pelo semelhante, é uma mentira, exatamente, porque é liberdade e igualdade que só pensa em si, não olha para os lados, não vê os circunstantes, os transeuntes. Tornou-se impossível confiar e esperar pelos homens públicos, porque, em cada ideia, em todos, quase todos os projetos que apresentam, por trás, às vezes, debaixo dos panos, há o interesse pessoal, com menosprezo pelo interesse da coletividade, dos cidadãos do mundo. E, na maioria das circunstâncias ou situações, os pobres e deserdados da sociedade, as crianças e os jovens são as maiores vítimas, são os que mais sofrem pelo descaso. Acontecimento recente mostra bem isso. Por que será que existe verba da Educação somente para 250.000 mil e não para os previstos 500.000 candidatos ao financiamento público na Escolas Superiores? Se alguém tiver ou, obtiver uma resposta, poderia fazer o favor de responder-me? Socialismo sem humanidade e pior ainda, sem respeito ao cidadão, é uma mentira.