Teria Javé, o Deus criador, sonhado
um sonho, projeto coletivo, ao instituir o casamento, no início da criação?
As obras escritas sobre Economia e
negócios, e muito mais a filosofia que predomina na mente dos teóricos das
Ciências das Finanças e negócios, na indústria ou no comércio internacional,
apontam hoje para projetos coletivos. E provam suas teses com objetos bastante
concretos, ou seja, as grandes empresas de hoje, são fruto de um sonho, projeto
coletivo no passado. E sem querer apontar qualquer que seja a empresa ou
empreendimento atual bem-sucedido, basta observar propagandas de algumas ou
alguns, para se chegar à mesma conclusão. Alguém no passado sonhou
coletivamente e assim projetou. Empreender coletivamente.
Bem pensado, ver-se-á que o
casamento, tal como Deus o instituiu, em concordância com a natureza humana,
pois não iria Ele projetar algo fora da capacidade e entendimento humanos, nada
mais é que um sonho de projeto coletivo. Tanto é verdade que, a própria
Escritura Sagrada diz: “Não é bom que o homem esteja só; façamos-lhe uma companheira
semelhante a ele” (v). Sabiamente, Javé, o Deus Criador, constituiu seu sonho
num projeto coletivo real e a partir daí, deixou ao casal, todas as condições
necessárias para realização do projeto. Trata-se de um projeto coletivo no qual
todos pensam, elaboram e laboram no mesmo sentido, fazendo com que o
empreendimento caminhe e realize o sonho de prosperidade e realização.
Dando um salto no tempo, das origens
para o ano zero, o sonho do projeto coletivo em Jesus Cristo é ampliado e
aperfeiçoado. As inúmeras tentativas de Javé no sentido da realização do sonho
projeto coletivo surtiram efeito, quando se encarnou e elevou a humanidade à
inigualável dignidade, a divinização do ser humano, mostrando-lhe a riqueza e
beleza de um sonho, projeto coletivo, inspirado no próprio Deus, Uno e Trino,
Deus comunidade de três pessoas, família divina, indissociavelmente, ou seja,
três absolutamente unidas, sem deixar de ser cada uma.
Um sonho, cujo projeto coletivo,
deve-se descartar absolutamente o único empecilho: o egoísmo. Este se apresenta
como diametralmente oposto, ao sonho e ao projeto coletivo. Aquele, por outro
lado, oferece a possibilidade da realização de um empreendimento feliz, se
aberto, totalmente aberto e inspirado no coletivo do sonho. Aliás, todo sonho
de projeto coletivo está totalmente aberto para o congraçamento e fusão dos
valores e qualidades, na riqueza das diferenças apresentadas por duas pessoas
que se casam, pensando na realização do empreendimento família. Vê-se que aqui
não há mesmo lugar para o egoísmo que impede a realização de grandes metas e do
sonho de um projeto coletivo. A distinção de Cristo está em afastar a tentação
do egoísmo e incluir-se totalmente no projeto coletivo, cujo modelo é Ele mesmo,
realizando o sonho de Deus. Eis, pois!
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(v) Gênesis 2,18.