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terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

A água?



O grande cientista do Século XX, Albert Einstein disse que a próxima guerra mundial terá como motivo a água.

Ainda vejo muitos cidadãos ou indivíduos desperdiçando água, aqui, acolá.

Os Governos, sobretudo, dos Países ou Nações mais desenvolvidas e, também dos Emergentes, pouco têm investido em pesquisas e ações concretas para preservação do meio-ambiente e até promovem ações que destroem por completo os ecossistemas, com sérios prejuízos para as micro-bacias, fazendo desaparecer as nascentes que abastecem e dão vida aos mananciais.

Com esta micro introdução, quero aqui manifestar a minha indignação, contra os cidadãos que desperdiçam o precioso líquido.

E mais ainda, indignação e revolta contra os governantes, inconscientes e inconsequentes, que não promovem ações para salvar o meio ambiente, mas, se apresentam ambígua e cinicamente, com discursos mentirosos, com o objetivo de se justificarem e fugir da responsabilidade que lhes cabe.

Como Penso que não basta criticar e fazer emergir os problemas, como sugestão, quero dizer à inteira sociedade, que precisa se organizar, e isso se torna urgente fazê-lo, para fazer frente à questão da água, como responsáveis também, mas igualmente, se organizar e cobrar dos poderes públicos, planejamento e decorrentes ações concretas para salvar o meio ambiente e evitar as consequências, que podem ser funestas, se algo sério e honesto não for feito.


Eis, pois!

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

EXISTE VONTADE SEM IDEAL?


            Vivemos dias de crise para a instituição matrimonial, como vem acontecendo com todas as outras instituições. Obviamente, uma instituição milenar, não estaria imune a obstáculos e desafios neste início do terceiro milênio e, portanto, isenta de crise.
            As instituições passam por uma crise existencial e programática e assistimos a elementos da instituição matrimonial também em crise; como o jovem, que hoje é lamentavelmente confundido com o adolescente. Por certo, que a ciência da educação vê na adolescência uma fase fundamental e, portanto, importante para o ser humano. E, certamente, considera no mesmo nível de importância o jovem.
            Se confusas estão as instituições, imaginamos quão confusos devem estar os adolescentes e jovens. Inseguros, estão perdidos neste mundo que só lhes ensina, estimulam e motivam pela ilusão do consumo, do consumismo, dos prazeres momentâneos do álcool, das drogas, ou narcóticos, e do sexo irresponsável e inconsequente. Apresenta como verdadeiro o que é mentira; e como valor o que é fantasia, badala tanto, que a mentira acaba parecendo verdade.
            Detecta-se hoje três situações profundamente preocupantes: a carência de ideal, a inversão de valores e a falta de criatividade ou espírito de inventiva.
            Os jovens estão a carecer de um ideal e ter um ideal será ou seria importante?
            Isto deve ser entendido com clareza e simplicidade. Quem não tem um ideal na vida, não tem por que lutar. Basta começarmos indagar: o que será da juventude amanhã, se hoje não exercita algo que escolhe ou decide viver ou ser e fazer na vida? Somente um ideal verdadeiro e nobre pode dar sentido à vida.
Não sabemos se inspirado nos ensinamentos de Cristo ou não, mas o grande cientista do Século XX, Albert Einstein, dizia: “Não se deve lutar por objetivos fáceis... melhor será buscar e realizar-se por meios mais obstaculosos e desafiantes”[1].
Se Cristo, no momento mais crucial, quando tinha a cruz sobre os ombros, terrivelmente pesada, já quase sem forças, a jogasse fora, olhando de lado e dissesse: muito difícil carregar esta Cruz, não mais aguento, até mais... e nunca mais voltasse a carregá-la? Seria o caos. O caos existe na vida de muitos nos dias atuais. Não aprenderam a batalhar por objetivos difíceis. E quando estes oferecem oportunidade na vida de um ideal por que lutar, falta o ânimo e a vontade, porque para nada serve o primeiro se a segunda não foi preparada por uma educação sadia e séria para a dificuldade e o desafio. Se é que exista vontade sem ideal e verdadeira educação sem que se discipline na força de vontade.
Na arte da educação, necessário se faz formar a consciência para uma vontade decidida e firme, a exemplo de Cristo, que durante longos quase três anos, preparou os discípulos, primeiro dando-lhes o pão do ensino e, posteriormente, ânimo, e os chamou à execução com decidida e firme vontade para um ideal de vida verdadeiro. Eis, pois!



[1] Albert Einstein, em Como Vejo o Mundo.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

SER DONO...? NUNCA.



Dono significa ser senhor, possuidor de alguma coisa, proprietário. Mas, existe uma entidade chamada verdade, da qual apenas uma pessoa pode-se dizer, seja ela dona da verdade, Deus e para ser mais real, o Deus que está em Nosso Senhor Jesus Cristo. Mais ninguém pode se apropriar do convencimento de que seja dono da verdade. Porque, de fato não o é. Finito e falível como é o ser humano, jamais pode imaginar ou pensar que seja dono da verdade.
O matrimônio e sua vivência estão cercados de expectativas, porque antes dele, algo vivido apenas no ideal, virtualmente, mas também depois de celebrado, os sonhos se multiplicam, embora nem todos se realizem, porquanto muitos dos sonhos não passam de uma quimera, ou seja, porque, ou são um monstro fabuloso, com cabeça de leão, corpo de cabra e calda de dragão, isto é, sonhos irreais, posto que, monstro fabuloso não existe, é pura fantasia, fruto produto da imaginação, utopia, chegando às raias do absurdo. Viver idealizando assim não será possível construir uma existência, um mundo feliz.
É verdade que é preciso sonhar sempre, porquanto, os sonhos fazem parte da esperança, e muitas vezes atuam como elementos rejuvenescedores, entretanto, o ser humano não pode e nem deve viver somente de sonhos, aliás, impossível viver somente deles e neles. A vida é muito mais do que os sonhos que emergiram na própria existência.
Sonhar ser dono da verdade é o primeiro passo para se imaginar e pensar que se tornou seu dono. Pode-se até sonhar, entretanto, o ser humano comete um grande equívoco imaginar-se e pensar-se como dono da verdade, quando de fato, vê-se que não o é. Como os sonhos muitos, irreais e fantasiosos, produzidos por frágeis realidades, quase nulas como existentes.
No matrimônio também emergem os sonhos, muitos deles se tornam realidade, porém, muitos são produzidos por frágeis realidades, por pura fantasia produto da fértil imaginação, mas também que levam as pessoas se imaginarem e pensarem-se como os donos da verdade. Lastimável quando passam a viver como se fossem mesmo os donos da verdade e aí, se fecham ao diálogo, não aceitam sugestões, não ouvem mais ninguém, e o que é pior, desconsideram o ser amado, a quem um dia escolheu como companheiro, como companheira. Companheiros que não mais sonham juntos, que propriamente deixam de serem parceiros ou não mais caminham juntos, preferindo caminhar desencontrados e se desencontrando, perderam o norte, com o ideal obscurecido.
Na verdade, os sonhos que levam consigo, depois a imaginação e o pensamento de que se acham como os donos da verdade, são sonhos egoístas, que não podem fazer parte do conjunto dos sonhos de um matrimônio, de quem almeja e deseja construir uma vida feliz, porque impossível ser feliz sozinho.
Não vale a pena sonhar como se fosse o dono da verdade, nem se imaginar da verdade dono, porquanto, se a felicidade é uma situação vital ou uma condição de viver e, felicidade não se explica, mas se vive, impossível viver de sonhos, pura fantasia ou produto fruto de fértil imaginação, porque o ser humano existe para viver um mundo real e nunca fictício, um mundo em construção, o que os sonhos não fazem acontecer.
Sonhar em comum, como deve ser na íntima comunhão de vida e de amor do matrimônio, constantemente aberto ao diálogo, que possibilita a comunicação e partilha dos mesmos sonhos. Nunca imaginar-se e nem pensar-se como dono da verdade. Se assim for, tudo o mais na vida a dois será catastrófico, o desencanto tomará lugar do encanto, ficando o dono da verdade vendado para não ver as necessidades e a beleza da sua segunda asa, sua parceira, ou seu parceiro, desde o tempo de enamorados. Ficarão privados de ver realizar os sonhos que poderiam estar em comum e que não estarão, diante de um monstro fabuloso, com cabeça de leão, corpo de cabra e calda de dragão, isto é, sonhos irrealizáveis. Ser dono da verdade, nunca, porque será uma sensação que afasta e impede a felicidade. Eis, pois!  


segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

O PRIMEIRO PASSO.



            Resolver viver com alguém é um sinal muito forte de desejo e compromisso. A infidelidade ao compromisso constitui-se em uma grande desconsideração em relação aos termos do contrato do casamento. Por isso, a promessa de fidelidade precisa ser controlada. Significa que os namorados ou noivos, desejosos mesmo de selar o compromisso do casamento avaliem criticamente o compromisso que vão assumir e levem em consideração que precisarão abrir mão de alguma liberdade, em troca de um bom relacionamento baseado na confiança.
            O amor muda sua coloração, troca de facetas ao longo do tempo. O ser humano amadurece, descobre novos horizontes de uma infinidade de valores e amplia e aprofunda os princípios que assimilou ao longo dos anos vividos. E decidido a viver e intimamente construir comunhão de amor com alguém, deve estar consciente de que o casamento é um acordo de vontades. Assim Deus o instituiu no início da criação.
            Por certo que os cônjuges, isto é, aqueles que se decidem pelo casamento e, de fato, o celebram, celebram o matrimônio como um acordo satisfatório para ambos. Neste sentido, o matrimônio constitui um estado de vida completamente diverso da vida na individualidade. Sem deixar de ser indivíduo, cada um dos cônjuges irá buscar construir uma íntima comunhão de amor, essencial ao casamento, sem o que, será absolutamente desfigurado. Será comunhão de vontades, de perspectivas, sonhos, desejos e realizações. Não há perda e nem supressão do próprio eu. Sua individualidade conserva-se, porém mais aberta à renúncia e aos sacrifícios quando o bem do outro cônjuge está em jogo ou o exige que assim seja. Também quando surgem as dificuldades individuais e a dois, cada um deverá estar aberto a cooperar com o outro no processo de superação.
            O primeiro passo para um acordo satisfatório será fazer o que prometeu, para que seja coerente com compromisso assumido e o forte desejo seja justificado por atitude e postura condizente com a felicidade do outro. Fazer significa passar das palavras à ação. Impensável que todo comportamento extravasado ao longo do namoro e depois, quando chegam à conclusão pelo noivado de que o romance vivido deve se tornar realidade, selando o compromisso, casados, uma vez celebrado o matrimônio, deixam que os relacionamentos percam o romantismo. Não. Para que isto não ocorra, o primeiro passo deve ser fazer o que prometeu para que o acordo continue satisfatório para ambos. Deus mesmo na sagrada Escritura se mostra como o grande exemplo de fidelidade, fazendo o que prometeu, mesmo diante da infidelidade dos humanos. O que se constitui em elaboração dos termos de um acordo satisfatório, não pode e nem deve se tornar inexistente ou vazio, mas realidade, mesmo que o romance permaneça. Eis, pois!