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sexta-feira, 12 de junho de 2015

INTERPRETAR E REINTERPRETAR SEMPRE

                                             

Uma das mais ricas funções — sim, funções — da mente humana é, exatamente, a de interpretar sempre os acontecimentos, os fatos, a vida, o amor. E funções porque a capacidade da mente para interpretar abarca e envolve uma gama de infinitas situações. E interpretar sempre, porque a vida e o amor estão sujeitos também a uma infinita dinamicidade, isto é, de movimentos, mudanças e crises. Na verdade, a vida e o amor, sendo dinâmicos, devem ser interpretados e avaliados, pois apresentam sempre situações novas, experiências novas.
            O novo pode assustar, pode alegrar, trazer contentamento e preocupações, incertezas e indecisão. Mas como novo, distinto do antigo e anterior, passa e deve passar por uma avaliação, reinterpretação daquilo que se encontra na vida e no amor, para por o ser humano na condição de adequação e estabilidade, na serenidade e discernimento do bom, do útil, agradável e tranquilo, superando incertezas e indecisões. Só assim virá a adaptação.
            O casamento sofre idêntico processo e, portanto, necessariamente, os fatos, os acontecimentos, a vida e o amor precisam e devem ser reinterpretados. Vida e amor, como são dinâmicos, passam por transformações que apresentarão situações novas. Situações que requererão constante avaliação para a adaptação. Nesse particular, não podem se esquecer os cônjuges de que situações novas sempre virão. Mente e corações devem estar permanentemente interligados e ligados a esta verdade, da qual não podem e nem devem se desvincular, sob pena de perderem o controle e equilíbrio na relação afetuosa, de carinho, enfim, do amor que alimentam e vivem no dia a dia e que para o futuro viverão.
            Inúmeras vezes, não será fácil reinterpretar a vida e o amor diante de situações novas. Interpretar estas supõe que, primeiro, se a faça individualmente, isto é, com esforço por entender e compreender por si mesmo. Mas, sobretudo, interpretar a dois. Significa que os cônjuges exercitem sua capacidade de diálogo e discutam cada situação nova, para se entenderem e compreenderem e, assim, se adaptarem a ela, sem atritos e conflitos negativos que só dificultarão a vida e o amor.
            Deus dotou o ser humano de entendimento e capacidade de diálogo. E este se faz com esforço e boa vontade, para interpretar e reinterpretar sempre. Eis, pois!




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