
Para
a filosofia cristã e o direito nela inspirado, se é que se pode argumentar
assim, o direito natural, a lei natural nada mais será que a lei de Deus
inscrita na natureza. Por isso, direito natural, lei natural.
Entende
a doutrina, inclusive com base e fundamento na Sagrada Escritura, que a
indissolubilidade do casamento, ou seja, que o casamento, uma vez celebrado,
nenhuma lei humana o pode dissolver, nem mesmo a vontade dos cônjuges.
Existem
valores que são relativos, isto é, ou são absolutamente mutáveis ou mutáveis em
parte. Por exemplo, até pouco tempo atrás, não se admitia que
alguém que já tivesse tido relação sexual com o futuro parceiro não podia e nem
devia casar-se de véu, grinalda e vestido branco. Por certo, um valor imposto
pela moral tradicional. Hoje, porém, este valor não existe mais e muitos dele
não se lembram, ou nem sabem que existia. Não que tenha deixado de
existir o valor da virgindade em si, porque, mesmo que polêmico o assunto, a
virgindade pré-matrimonial está contemplada como valor inserido dentro da
vontade divina como elemento a ser preservado. E não será o desuso que o
tornará valor relativo, não absoluto. O valor relativo de que aqui se fala é o
uso e costume de quem perdeu a virgindade não poder se casar de branco.
E
na assembleia dos santos que se estabeleceu sob a presidência de São José, na
gruta já referida artigos atrás, já mais tarde da noite, perto da madrugada,
quando o silêncio era total, até mesmo o movimento de veículos na rodovia
cessou por mais de um quatro de hora, voltaram a falar. E desta feita, em
matéria de virgindade, ninguém melhor que José e Maria para aconselhar.
José,
muito tímido e delicadamente, disse: “Vejo que está muito difícil para os
humanos deste tempo, diferente do nosso, manterem-se castos e puros de coração
para se casarem. Entendo a dificuldade deles e até gostaria de fazer algo mais,
mas impossível, porque temos que respeitar a intimidade das pessoas. Porém,
gostaria de lhes dizer que as experiências sexuais pré-matrimoniais não são
nada salutares. Particularmente, considerando que elas invertem a ordem
estabelecida na natureza pelo Nosso Deus. Mas, de qualquer forma, gostaria que
soubessem que um pouco de esforço pessoal, a fuga das ocasiões, a ajuda da
oração e dos sacramentos lhes possibilitaria manterem-se castos e depois
poderiam celebrar um matrimônio mais satisfatório e sem peso de consciência”.
José dirigindo-se a Maria como quem a dizer, fala alguma coisa.
Maria,
sempre pronta atender aos pedidos de todos resolveu falar: “Casados terão dias
muito melhores, se procurarem os valores que meu Filho Jesus ensinou. Se assim
fizerem, podem ter a certeza de que eu vou ajudá-los muito e farei o impossível
para o bem deles. Mas seria bom que levassem mais a sério a indissolubilidade
do matrimônio e assumissem este compromisso”.
E
José retomando, disse: “Você Maria pode prometer porque é Mãe de Nosso Deus e
deles também. Eu não posso prometer nada, a não ser dizer que vou interceder ao
Filho por eles”.
Todos
os outros santos, cujas imagens se encontravam naquela gruta, foram unânimes em
concordar que os conselhos de José e de Maria eram absolutamente acertados.
Santa Mônica, mãe de Santo Agostinho, chegou até dizer que Maria precisava
mesmo fazer algo mais, porque Ela pode e tem competência para isso.
Uma
pessoa, não identificada, que se escondera em meio aos ramos vizinhos da gruta
escutou este discurso e ficou impressionada. Há tempos estava já desconfiada de
que os santos fazem isso mesmo. Quando as coisas vão muito mal na Terra, se
reúnem para fazer algo em favor dos humanos. E hoje ela acredita que isso é
verdade. Eis, pois!
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