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sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

ENGRENAGENS DO AMOR


Sei que a palavra “que” atrai o pronome oblíquo “se” e que usar como será usado na série de reflexões sobre o matrimônio a seguir seria um erro gramatical imperdoável. Mas, perdão aos que refletem aqui. Afinal, a língua!... Nós a fazemos, também porque trata-se aqui de escrever sobre uma realidade abstrata para se chegar a uma realidade concreta para todos, o caso deste importantíssimo instituto chamado casamento.
A linguagem do amor não conhece fronteiras. E o amor é a rainha das paixões e a mais rica porque abarca a totalidade do ser humano, desde os mais puros sentimentos da vida espiritual até as inclinações carnais.
Uma das mais ricas e contagiantes manifestações do amor encontra na afetividade sua expressão verdadeiramente palpável. E o ser humano, dotado desta importante capacidade afetiva, sabe que dentro de si existe uma infinidade de sentimentos e emoções, ora controláveis, às vezes, incontroláveis. E a maturidade afetiva atinge-se quando o homem e mulher sabem controlar desde os mais claros até os mais recônditos dos seus sentimentos e das emoções suas. Sem dúvida que emoções e sentimentos surgem incontroláveis, porém somente aquelas e aqueles trarão aos dois frutos benéficos à medida que forem sendo autocontroláveis, porque, só assim, se transformarão em motivo e estímulo para aquele objetivo e forma de vida, chamado íntima comunhão de vida e amor.
O amor afetivo e o carnal, em si, não têm nada de nobre. Homem e mulher procuram neles a sua própria satisfação. O que o enobrece é o caráter espiritual, pelo qual os que se amam, aspiram a realizar juntos uma perfeição mais alta e pelo qual, o que ama, pretende , busca, procura o bem do outro, o bem amado. Não se pode esquecer de que o amor nutre-se, manifesta-se e expande-se no afetivo e carnal. E assim é, porque Deus dotou assim. Tornou-se lei natural.

Ao longo da história da humanidade, os estudiosos de leis sempre indagaram sobre direito natural. Muitos o questionam, alguns contestam. Mas estamos certos de que Direito natural é lei, e lei de Deus inscrita na natureza. E esta segue o seu rumo. Aqui se explica porque homem e mulher são um para o outro. Assim, conclui-se que afeto, emoções e sentimentos não são algo de extraordinário, mas intrínseco, integrante da natureza humana. Fazem-se importantes entidades fazedoras e construtoras do amor, que produzem íntima comunhão de vida, atingem seu natural objetivo. Direi, enfim: são engrenagens do amor. Fazem fluir e ao mesmo tempo, mantêm o amor. Eis, pois!

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