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sábado, 17 de janeiro de 2015

CONSTATAÇÕES REAIS E ATUAIS...

CONSTATAÇÕES REAIS E ATUAIS...

            Nos últimos anos cresceu o número dos que tomaram consciência de que o conhecimento é fundamental para se viver e junto com ele a experiência. Em relação ao primeiro, constata-se que o número dos que tomaram consciência de que sem o estudo difícil seria sobreviver e conquistar conhecimento ante às exigências cada vez mais crescentes, seja para o mercado de trabalho, que para a própria sobrevivência.
Outra constatação real emerge, ou seja, há mais estudo e melhor conhecimento, com vistas ao mercado de trabalho, a uma atividade profissional exigente de maior e melhor conhecimento qualificador. E, em que pese o esforço da ciência dos recursos humanos para oferecer possibilidade de melhor qualidade de vida, vê-se que o desnível se afigura gritante.
Adquire-se profundo conhecimento para o mercado de trabalho, com inigualável conhecimento tecnológico, porém, conquista-se ainda muito pouco para a vida e oferece-se em menor escala meios para a convivência, num não pouco espírito de competição e concorrência. E quem não conquista conhecimento ou não atualiza ou redimensiona o próprio saber, corre o risco de perder o jogo e ser trocado por quem atualizou ciência e sabedoria.
Para qualquer atividade profissional exigem-se na atualidade longos anos de estudo e para alguns campos do labor também a pesquisa. Debates, seminários, cursinhos, simpósios, monografias, teses de mestrado ou doutorado são hoje uma exigência para quem deseja ser bem sucedido como profissional no mundo do trabalho. Conclui-se, pois, que o investimento em educação tornou-se uma necessidade social e uma exigência incontestável. O que o indivíduo investe hoje para si em matéria de aquisição de conhecimento e ciência aparece como sem precedente.
Lamentavelmente, no casamento e na família como programa permanente investiu-se pouco ou quase nada. Existem algumas publicações de livros e meios mais modernos de comunicação, mas com solidez, de experiências pastorais confiáveis pouco se pode dizer.
Observando fotografias de matrimônios antigos, nota-se que havia mais pompa, mas também maior reverência e respeito para com o sacramento do matrimônio. O Assistente eclesiástico se revestia com denodo e os rituais eram profundamente voltados mais para o transcendente e para o que é divino. Sem saudosismo ou saudosas lembranças.
Lamenta-se que hoje a celebração do matrimônio se tornou um evento social, composto de vestimentas nobres e reluzentes, flores para todos os lados, músicas que só têm a ver com uma inspiração romântica e profana e pouco ou quase nada de espiritual.
Um cursinho de fim de semana e os nubentes se dão por preparados para celebrar aquilo que irão viver a vida inteira, até que a morte os separe. Porém, vê-se que nada disso está acontecendo. Muitos dos que se casam, pessoas bem sucedidas, ignoram o compromisso e os deveres decorrentes. Prepararam tudo e de tudo, mas não se prepararam interiormente para celebrar aquilo que Cristo elevou à dignidade de sacramento, o casamento. Isto é, um sinal de salvação, um meio de santificação.
Falar sobre casamento hoje até parece ousadia ou tempo perdido, porque muitos já não acreditam mais nele. Porém, não se pode esquecer que as novas famílias têm origem nele. E se o celebram sem crença, o que será das futuras famílias que têm como base, fundamento, origem e inicio o matrimônio? Tristemente se constata que muitos se casam sem saber o que é mesmo o casamento e, o que é pior, não tem consciência dos deveres essenciais do matrimônio. Se não se sabe quais são os deveres essenciais, não sabem o que é matrimônio. Porque essencial é aquilo que faz com que o matrimônio o seja de fato e de direito. Sem o essencial o matrimônio nunca será verdadeiro matrimônio.
Os nubentes programam a celebração do próprio matrimônio e planejam tudo, mas na verdade, planejam sem se conhecerem e não saberem o que um pensa sobre casamento e nem mesmo o que pensam um do outro. Falta o verdadeiro conhecimento um do outro e do que vão assumir.
Tal ou tais constatações são reais e atuais. Uma prova disso encontra-se no fracasso de muitas famílias desfeitas e destruídas e os filhos as maiores vítimas, ora por carência de um seio familiar completo ou pelo o vazio provocado pela ausência de um dos dois. O egoísmo e a irresponsabilidade falaram mais fortes e para eles o tempo e o modo de preparação significavam algo desnecessário, cansativo e monótono, porque movidos pelo comodismo. Na verdade, o que aconteceu? Não sabiam que não sabiam, apenas imaginavam que sabiam o que não sabiam e nem sabem. Eis, pois!

                   

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