CONSTATAÇÕES REAIS E
ATUAIS...
Nos últimos anos cresceu o número dos que tomaram
consciência de que o conhecimento é fundamental para se viver e junto com ele a
experiência. Em relação ao primeiro, constata-se que o número dos que tomaram
consciência de que sem o estudo difícil seria sobreviver e conquistar
conhecimento ante às exigências cada vez mais crescentes, seja para o mercado
de trabalho, que para a própria sobrevivência.
Outra constatação real emerge, ou seja, há mais estudo e melhor
conhecimento, com vistas ao mercado de trabalho, a uma atividade profissional
exigente de maior e melhor conhecimento qualificador. E, em que pese o esforço
da ciência dos recursos humanos para oferecer possibilidade de melhor qualidade
de vida, vê-se que o desnível se afigura gritante.
Adquire-se profundo
conhecimento para o mercado de trabalho, com inigualável conhecimento
tecnológico, porém, conquista-se ainda muito pouco para a vida e oferece-se em
menor escala meios para a convivência, num não pouco espírito de competição e
concorrência. E quem não conquista conhecimento ou não atualiza ou redimensiona
o próprio saber, corre o risco de perder o jogo e ser trocado por quem
atualizou ciência e sabedoria.
Para qualquer atividade profissional exigem-se na atualidade longos
anos de estudo e para alguns campos do labor também a pesquisa. Debates,
seminários, cursinhos, simpósios, monografias, teses de mestrado ou doutorado
são hoje uma exigência para quem deseja ser bem sucedido como profissional no
mundo do trabalho. Conclui-se, pois, que o investimento em educação tornou-se
uma necessidade social e uma exigência incontestável. O que o indivíduo investe
hoje para si em matéria de aquisição de conhecimento e ciência aparece como sem
precedente.
Lamentavelmente, no casamento e na família como programa permanente
investiu-se pouco ou quase nada. Existem algumas publicações de livros e meios
mais modernos de comunicação, mas com solidez, de experiências pastorais
confiáveis pouco se pode dizer.
Observando fotografias
de matrimônios antigos, nota-se que havia mais pompa, mas também maior
reverência e respeito para com o sacramento do matrimônio. O Assistente
eclesiástico se revestia com denodo e os rituais eram profundamente voltados
mais para o transcendente e para o que é divino. Sem saudosismo ou saudosas
lembranças.
Lamenta-se que hoje a celebração do matrimônio se tornou um evento
social, composto de vestimentas nobres e reluzentes, flores para todos os
lados, músicas que só têm a ver com uma inspiração romântica e profana e pouco
ou quase nada de espiritual.
Um cursinho de fim de
semana e os nubentes se dão por preparados para celebrar aquilo que irão viver
a vida inteira, até que a morte os separe. Porém, vê-se que nada disso está
acontecendo. Muitos dos que se casam, pessoas bem sucedidas, ignoram o
compromisso e os deveres decorrentes. Prepararam tudo e de tudo, mas não se
prepararam interiormente para celebrar aquilo que Cristo elevou à dignidade de
sacramento, o casamento. Isto é, um sinal de salvação, um meio de santificação.
Falar sobre casamento hoje até parece ousadia ou tempo perdido, porque
muitos já não acreditam mais nele. Porém, não se pode esquecer que as novas
famílias têm origem nele. E se o celebram sem crença, o que será das futuras
famílias que têm como base, fundamento, origem e inicio o matrimônio?
Tristemente se constata que muitos se casam sem saber o que é mesmo o casamento
e, o que é pior, não tem consciência dos deveres essenciais do matrimônio. Se
não se sabe quais são os deveres essenciais, não sabem o que é matrimônio.
Porque essencial é aquilo que faz com que o matrimônio o seja de fato e de
direito. Sem o essencial o matrimônio nunca será verdadeiro matrimônio.
Os nubentes programam a
celebração do próprio matrimônio e planejam tudo, mas na verdade, planejam sem
se conhecerem e não saberem o que um pensa sobre casamento e nem mesmo o que
pensam um do outro. Falta o verdadeiro conhecimento um do outro e do que vão
assumir.
Tal ou tais constatações são reais e atuais. Uma prova disso
encontra-se no fracasso de muitas famílias desfeitas e destruídas e os filhos
as maiores vítimas, ora por carência de um seio familiar completo ou pelo o vazio
provocado pela ausência de um dos dois. O egoísmo e a irresponsabilidade
falaram mais fortes e para eles o tempo e o modo de preparação significavam
algo desnecessário, cansativo e monótono, porque movidos pelo comodismo. Na
verdade, o que aconteceu? Não sabiam que não sabiam, apenas imaginavam que
sabiam o que não sabiam e nem sabem. Eis, pois!
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